sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Janja na Times Square, uma consideração metafísica.

 A viagem de Lula aos EUA ainda repercute, os encontros, as falas vazias que não têm nenhum compromisso com a verdade. Mas é sua esposa quem ofusca tudo isso, e brilha de outro modo, com danças, sorrisos, e zero de discrição. Lembram da Dona Ruth, esposa de Fernando Henrique? O oposto!

Mas vamos lá, consideração metafísica?

Quando os recursos ideológicos e políticos tornam as atitudes de Janja polêmicas, e para muitos fiéis petistas são atitudes incompreensíveis, resta uma análise metafísica.

Heidegger afirma que nossas experiências metafísicas, quer dizer, a respeito de fundamentos para simplesmente existirem seres, o Ser em geral, nunca alcançam o fundo, o fundamento. Nossas experiências metafísicas são abissais. Sem causa última, sem porto seguro e definitivo.

Isso nos leva a pensar, de onde vem, então, nossa segurança, nosso desejo de solo firme, de definição?

Isso se deve ao caráter das nossas vivências, todas elas particulares, idiossincráticas, próprias de cada um.

Nunca estamos seguros quanto a não precisar interromper nossas experiências, elas mudam e nos transformam o tempo todo, só a morte as interrompe.

O modo extremamente individual de cada um experimentar o que viveu, toda sorte de acontecimentos, de situações as mais diversas na infância, depois no enfrentamento das dificuldades e obstáculos da vida, são absolutamente pessoais, intransferíveis. Mesmo no caso de questionamentos, "por que você agiu assim?", feita por familiares, amigos, psicólogos, ou simplesmente pela própria pessoa buscando se compreender, é sempre o que se sentiu, como se sentiu, algo do abissal vem à tona, enquanto muito fica no fundo sem fim.

Pode ser a mais miserável, pobre, sofredora, ou a mais rica, bem-sucedida, famosa e influente, como hoje a mídia se refere aos atuais poderosos..., é sempre uma experiência pessoal, absolutamente individual.





O Brasil patrocinado pelo Banco do Brasil é só floresta, dança indígena, cantoria. Algo na experiência atual de Janja ressoa um desejo, não de justiça social, e sim de poder, daquele poder que o fausto e as cerimônias ensejam. Festas sem fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário