sexta-feira, 22 de julho de 2022

A incrível diversidade humana

 Somos todos pessoas, quer dizer, nós humanos não apenas somos um corpo com os mesmos caracteres transmitidos geração após geração. E como pessoas que vivem em sociedades, países, cidades, campo, montanha, ilhas, locais ermos, locais apinhados de gente, as nossas peculiaridades também variam enormemente.

O que me fez pensar nisso, que é bastante óbvio, foi uma série documental da Netflix sobre os super ricos que moram em Los Angeles. São chineses e seus descendentes que adoram, que cultivam, que valorizam unicamente a sua própria riqueza. Quanto mais exposição, mais sinais de muito dinheiro e muito gasto em tudo o que é sinal exterior de super milionários, melhor. Neste reality show vale tudo para aparecer, desde comer trufas banhadas em ouro, até os carros, as mansões, iates, e compras de joias e roupas. 

Eles não conversam de fato, para realmente se comunicarem, as agressões mútuas são veladas, as fofocas são alimentadas, a vida é feita de luxo.

                                            


O mais impressionante é seu total desinteresse por uma causa, por política, pelo bem alheio, por olhar um pouco além de seu próprio conforto, gastança e superficialidade. A nulidade moral e ética fica evidente a cada vez que um personagem senta em um tipo de trono para desabafar o que pensam uns dos outros.

Viver assim fantasiados e deslumbrados para eles mesmos, está bem. Ninguém questiona nada, só se importam consigo mesmos. O único descendente de chinês que contrasta com seus "amigos" em termos de super rico, almeja entrar para o círculo super restrito.

Por que abordar esse reality? Pelo enorme contraste com as ruas que saem de Beverly Hills em direção à periferia de Los Angeles, ou um pouco mais longe, as ruas apinhadas de gente em barracas, em total insalubridade, e são a última ponta do consumo de drogas pesadas.

                                               


O que fazer? Mostrar essas situações extremas, expor, interessar-se, refletir. O mal é o capitalismo, é ele que gera injustiça social, lucro, etc. etc.? Essa é uma cortina de fumaça, conveniente porque fácil e mostra engajamento, mas pobre em sua análise. Afinal, é o capitalismo chinês, a ditadura comunista chinesa que pariu o restrito grupo de milionários que vive nos EUA. Na outra ponta, em Nova York, vivem em Chinatown chineses que não conseguem o visto, que lutam para sobreviver, que moram em péssimas condições...

Não há uma saída única e as portas de entrada são múltiplas. O descrito acima é apenas um exemplo, o planeta todo é eivado desses contrastes, dessa diversidade.