Fanáticos pegam em armas, destroem, matam quem estiver em sua frente, sejam seus opositores ou quem estiver à sua frente: assim foi com as bombas na maratona de Boston, assim foi com a carnificina no semanário Charlie Hebdo (o policial executado na calçada, já ferido!).
União pela liberdade de expressão, de religião, de pensamento
Os chargistas sabiam que corriam risco, havia mesmo proteção de um policial, morto no atentado. Os jornalistas que olham o lado risível do que é considerado socialmente e culturalmente como sagrado, intocável, poderoso, absoluto, incomodam. Se em nome de uma crença, de uma religião, de uma seita se cometem atos que exatamente vão contra o que religiões e crenças pregam, é possível tratar desse tema, tão atual e candente, pelo lado sério, da crítica e da reflexão que analisa fatos. Interessante é que esse tipo de análise não incomoda, apesar de sua contundência.
A forma satírica da charge, usa o poder imediato da imagem, a comunicação instantânea, não precisa ser traduzida. Os traços propositadamente exagerados, distorcidos, indicam claramente a intenção crítica. E mais, a mensagem é sucinta, aberta, de leitura fácil.
O leitor/espectador é atingido, ele reage, gosta, detesta, pode negar, concordar, protestar. Difícil é ignorar.
O fanático não suporta o adversário, a crítica, a sátira. Ele se considera dono da verdade, mais do que isso, ele se acha condutor de toda a humanidade. Pega em armas, treina, aponta, atira, mata. Considera sua luta como guerra santa. Perigoso porque o faz em nome de um Deus, Alá, e de um profeta. Com isso põe todo o islã, que absolutamente nada tem a ver com fanatismo, sob o estigma de crença da vingança.
Os próprios chefes religiosos não se imolam, não se martirizam, ordenam que seus adeptos se imolem e se martirizem. Os chefes querem poder, aqueles que são fanatizados creem que morrer os conduzirá ao paraíso!
Absurdo!