segunda-feira, 25 de junho de 2018

As principais características da Filosofia Contemporânea

A característica marcante da Filosofia Contemporânea é a diversidade e o grande número de escolas e tendências.
Vejamos as algumas das principais:
- Pragmatismo: Peirce, W. James e Dewey. Fins do século 19 até 2a. metade do século 20. A base da escola é a ação (= pragma), e esta requer a relação constante com a realidade vista como sustentáculo da vida inteligente, seja por meio da linguagem seja por meio da transformação do que nos cerca e do constante aprendizado.
-Fenomenologia: escola que serviu de base para Heidegger e Sartre, cujo fundador foi E. Husserl (1859-1938). A realidade só é atingível por meio da intencionalidade do sujeito, o que não leva ao subjetivismo. Trata-se de um vai e vem entre a consciência que é sempre de alguma coisa, e o exterior sob a forma de intuição das essências. Como exemplo, o fenômeno da religiosidade, uma essência da vida humana, independentemente desta ou daquela religião.
- Filosofia Analítica: em lugar de essência, existência ou conceitos metafísicos, a escola se volta para a análise da lógica subjacente à capacidade de emitir juízos acerca de fatos e poder analisá-los, quer dizer, submeter ao crivo do que é verdadeiro ou falso, consistente ou não. O pensamento requer uma "armação" lógica sem a qual é impossível obter sentido. Representantes: Frege, Russell, Wittgenstein (o do Tractatus), e Carnap que ressalta a ciência natural como único conhecimento de fato.
- Escola de Frankfurt: Horkheimer, Adorno, Benjamin e Marcuse unem os ensinamentos de Hegel aos de Marx para criticar a exploração econômica. E vão além de Marx, há exploração política, e ao invés de ressaltar a luta de classes, se voltam para a razão instrumentalizada, restrita à exploração da natureza. Nesse mundo das trocas, tudo pode se equivaler e se objetivar nessa sociedade bárbara e unidimensional: o desconsolo e o desemparo unem os homens, o fanatismo e a diferenças políticas os separam.

Ainda temos o existencialismo e os pensadores revolucionários independentes de escola de pensamento: Wittgenstein, Heidegger e Foucault que ficam para a próxima postagem.