Entre elas a da coragem, coragem moral e coragem física. Quando o atleta persiste em seus treinos, e se ele tem vontade, determinação e capacidade para isso, quer vencer. Ele sabe que o risco é também perder.
Estes esportes e jogos remetem à Grécia Clássica, homens jovens (parece que as mulheres só começaram a "existir" no século XX) eram educados por meio de exercícios físicos, capacidade de lutar, e também intelectualmente. "Os deuses não concederam aos homens nenhuma das coisas belas e boas sem fadiga e estudos (...); se desejares ter um corpo forte, deves habituá-lo a obedecer à mente e exercitá-lo com fadigas e suores" (Xenofonte, Memorabilia).
Esses sábios conselhos resumem o modo como ginastas, esportistas e atletas agem, o grau de exigência de si, sua luta para superar dificuldades.
Um dos pontos fortes do modo grego de ser, de sua prática cotidiana, de sua ética, era o domínio de si mesmo, tão importante quanto a moderação, o meio termo.
E para obter o domínio de si, fundamental é a educação do jovem, a experiência com os revezes, com as dificuldades, a fim de se fortalecer. Nada disso vale sem a profunda reflexão, como perguntar: "o que eu penso, o que eu desejo, o que eu posso conseguir?"
Tão importante quanto as virtudes do caráter, são as virtudes intelectuais, como a sabedoria e a compreensão, ou seja, saber avaliar e julgar. Se estas últimas virtudes acompanharem o atleta, tanto maior será seu valor.
E hoje? Há pouca reflexão sobre o real valor da competição nos esportes e no atletismo. A cultura de um povo parece ora incentivar, ora relegar a segundo plano vencer em jogos e esportes.
Ao lado de tradição, se juntam incentivo e capacitação técnica, cada vez mais aprimorada.
Isso sem falar das políticas públicas, no Brasil praticamente inexistentes...
Quem sabe ganhar tem noção exata da medida de seus esforços e de sua capacidade.
Saber ganhar
Os que não sabem perder desconhecem a capacidade do(s) outro(s) e ignoram seus próprios limites.
Saber perder
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