quinta-feira, 16 de junho de 2016

O extremismo religioso, refúgio de covardes

Após o odioso massacre de Orlando, absurdo, preconceituoso e, especialmente cruel, cuja repercussão fala por si só, - houve o assassinato de um casal de policiais, na cidadezinha de Magnanville, região de Île de France, com apenas 6000 habitantes. Foi no dia 13 de junho (2016).
Trata-se também de radical islamita, Larossi Abdalla, que já havia sido preso por radicalização e que, na prisão insuflou rebeliões em prol de suas crenças e ideias absurdas, pregação de que somente sua seita tem razão, todos a ela devem se submeter, e morte a quem ousar ser livre, diferente, afirmar seu modo de vida e de pensamento.
O que surpreende, como grande parte dos moradores da pequena cidade foram unânimes em desabafar, é que não podiam compreender o ato, uma senhora chegou a observar, que se fosse em Paris, até seria esperado, mas porque ali? Como entender que alguém esfaqueie o casal, por serem policiais?! Larossi saiu deixando os corpos dos pais junto ao filho de três anos!
Os policiais franceses tomaram uma atitude, exigir do sindicato portarem armas o tempo todo e em qualquer lugar. 
Isso significa que um "lobo solitário", a mando do Exército Islâmico (Isis) venha a assassinar toda e qualquer pessoa, seja ou não uma autoridade, divirja ou não de sua "fé", pois nem mesmo muçulmanos estão a salvo, e essa pessoa pode estar em qualquer lugar. 
Outra questão: punir como, se o terrorista nasceu nos EUA ou na Europa, tem cidadania, estudou, tem família, como descobrir onde estão as células, quem são os aliciados, como detê-los?
Impossível!
Criar uma Guantánamo na França como se cogitou? Injusto e inviável, açodaria ainda mais os dispostos a tudo em nome de um exército de desvairados, que matam muito mais na Síria.
E que dizer da complacência e mesmo apoio financeiro da Arábia Saudita? Os xeiques nadam em dinheiro e luxo, fruto do petróleo, e devem rir dos atentados. 
Por que se calam os países atingidos pelo terrorismo e não condenam os mandatários da Arábia Saudita?!
Se o petróleo financia o radicalismo islâmico, que se busquem outros fornecedores, energia alternativa, ou outro meio. O terrível é deixar xeiques (note-se a omissão da Rússia), sabotarem os valores das culturas e civilizações onde há liberdade religiosa, política, onde mulheres podem estudar, as diversas religiões podem ser praticadas, onde cada indivíduo pode escolher seu modo de viver e de educar seus filhos.


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