segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Rousseau e a educação das crianças

Rousseau (1712-1778), filósofo nascido em Genebra e famoso pela sua obra, "O contrato social", em que analisa os fundamentos da democracia moderna, foi também romancista, músico e escreveu sobre educação em "Emílio". Teve uma tumultuada vida amorosa e dificuldades para criar seus filhos, o que o obrigou a deixá-los na roda da fortuna (crianças eram depositadas em uma abertura existente em conventos para serem acolhidas pelas freiras), o que não impediu Rousseau de refletir sobre a educação das crianças. Acreditava que a natureza ensinava tudo o que há para saber, que a liberdade e o cultivo dos sentimentos são a mola mestra para que, mais tarde, o indivíduo possa participar da vida social.
Sentir e experimentar sua interioridade, retornar à natureza, sentir-se como parte dela, aprender com o contato direto com os outros seres, contemplar o Universo, poder amar, admirar e usufruir das sensações imediatas sem o artificialismo da civilização, são algumas das formas pelas quais a criança pode levar uma vida plena e feliz.
É importante essa volta à "naturalidade", pelo menos dar uma chance a esse poder de observação que as crianças têm, essa alegria espontânea, numa época em que somos marcados como produtos, como série, testados, carimbados, conduzidos, ensilhados.
Sobre o homem em estado de natureza (o "bom selvagem") diz Rousseau: "Vejo-o fartando-se sob um carvalho, refrigerando-se no primeiro riacho, encontrando seu leito ao pé da mesma árvore que lhe forneceu o repasto e, assim, satisfazendo todas as suas necessidades".
Uma visão romântica e ingênua?

Um comentário:

  1. Mãe, já vi esse exemplo do bom selvagem, mba por acaso? Se vc virar um bom selvagem na sua aposentadoria eu vou tbem! Podemos ser "bom selvagem" com mochila nas costas?

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