terça-feira, 30 de dezembro de 2025

Oligarcas russos silenciados e o comunismo

As principais "lições" do comunismo são:

- Censura

- Tirania

- Crueldade

- Mistificação

Com o regime comunista na Rússia, uma centena de oligarcas se apossaram de empresas estatais, e se tornaram milionários. Mas essa ascensão teve um preço, se criticassem o regime de Putin, seriam destituídos de sua fortuna. Foi o que aconteceu com Tinkov, banqueiro que afirmou no Instagram ser a guerra de ocupação da Ucrânia um erro estratégico, uma loucura. Como castigo, foi obrigado a dispor de 97% de seu banco para o governo soviético. Há pelo menos vinte anos que essa é a estratégia de Putin, incentivar e, em caso de desobediência, tomar. Berezovsky, outro poderoso oligarca, que ousou por em dúvida o poder do líder, precisou exilar-se na Inglaterra, onde foi encontrado morto em circunstâncias estranhas.

A promiscuidade entre governo federal no Brasil, certos juízes da corte suprema, a proteção de interesses ilícitos, a dificuldade de aplicar regras a bancos que usurpam a clientela, é acobertada por manobras de interesse privado. A ordem é silenciar por meio de regras que são aplicadas conforme quem ou o quê cabe no momento favorecer. Permanecerá o Banco Central como rochedo protetor do setor financeiro, dos investidores e do próprio governo federal? 

O jogo ideal para mandatários corruptos é a submissão da sociedade ao modelo burocrático que serve tanto para censurar como para mandar e manobrar, para comandar do alto a massa, para impor a absoluta vontade do mandatário servindo-se das artimanhas do poder jurídico e da autoridade presidencial. A propaganda, custeada com dinheiro público é a outra ponta desse tipo de poder.

Em grau mais severo, o das ditaduras com seus líderes, são eles autoridades incontestes que se mantêm ao preço de perseguição, censura, silenciamento de opositores. Estão presentes em quase a metade do planeta, desde Putin e Xi Jinping até Maduro, pobre Cuba (até quando os cubanos vão sofrer com a pobreza?), países africanos, a violência de chefetes militares, matança, a opressão de meninas e mulheres, o terrorismo. 

Xi Jinping é esperto, nada de violência explícita contra oponentes, se é que os há. A tática é favorecer o investimento graúdo enquanto milhões se submetem a trabalhar sete dias na semana, mais de quarenta e quatro horas, o máximo que a legislação trabalhista permite, mas não é obedecida, porque há pressa de produzir, de vender mundo afora. O que fazer com o consumo de tantas "blusinhas" feita na China ou em países franqueados? Descartar, mas onde? Em países africanos, cemitérios da "fast fashion", Gana, Quênia, Tanzânia e Nigéria. 


Montanhas de roupa poluem o Quênia

Já no regime de Putin, nenhuma peça de roupa, ou alguém comprou uma calça ou blusa made in Russia? Petróleo, armas, a guerra como trunfo, a expansão territorial custe o que custar, investimento em poder, esse czar do século 21 consegue a aprovação de todo aquele que não quer ver. 

É um mito do comunismo propagar sua oposição ao capitalismo, que o capitalismo é cruel e injusto. Em países capitalistas há liberdade de opinião e de credo, há regras, há legislação, há eleições livres, há democracia. Algumas podem apresentar falhas, como no caso do Brasil atual, sob o tecido institucional, pratica-se censura, legisla-se em causa própria. A diferença é que existem eleições, oposição, constituição. Críticos não são envenenados, nem têm seu avião bombardeado.

Mandar e desmandar, oprimir, manter em prisões insalubres, torturar, nos regimes em que o comunismo se instalou e usurpou poderes, essas condições são por demais de conhecidas. Ainda assim, como reagem os "intelectuais engajados"? Convenientemente se calam, fazem ouvidos moucos, prosseguem sem dor de consciência a usufruir da liberdade de trabalhar, ganhar seu sustento (que sustento!), investir, viajar, serem aplaudidos, o que eles afirmam abominar no capitalismo, é usufruído, a coerência não lhes importa. Há até mesmo quem afirma "odiar a classe média"!



Nenhum comentário:

Postar um comentário