domingo, 25 de novembro de 2018

Pensamento crítico X pensamento único

Está na ordem do dia o debate salutar sobre os anos em que a educação pública e mesmo a privada estiveram sob a égide de um pensamento único: marxismo, luta de classes, fora burguesia, antiamericanismo, anticapitalismo. Ocorre que essa chamada "luta", esteve cega para a realidade histórica, social e econômica.
Justamente educar é um processo inteiramente arejado, aberto, sujeito a críticas e à permanente renovação de ideias, de noções, de conceitos.
Houve retrocesso e prejuízo especialmente na área da História, da Sociologia, da Geografia e da Filosofia.
Foram escolhidos alguns gurus da esquerda, como Paulo Freire,  Milton Santos, Marilena Chauí, até Chomsky é invocado por essa tendência obscurantista. 
Há décadas não pertencer ao PT, PCdoB e Psol, tem sido considerado como conservador, politicamente incorreto, e, principalmente, uma recusa de pensamento crítico.
Esse é um ponto chave. Se não se aderisse ao marxismo, a Gramsci ou pelo menos à Escola de Frankfurt, seria mancomunar-se com o "sistema".
Com isso pensadores, filósofos, historiadores, sociólogos de outras correntes de pensamento quando eram lembrados, seria para afirmar que não pertenciam à gama dos pensadores críticos.
Ora, pensar criticamente é oferecer leitura, discussão, compreensão de diversas tendências de pensamento e escolas, confrontá-las, compará-las, estudá-las e mostrar quais são os pontos defensáveis e quais pontos são insustentáveis.
E sob que critérios?!
Os critérios, como o próprio termo indica, são como que instruções para o pensar e o refletir, pontos de apoio teóricos, eles apontam para caminhos e produzem consequências. Enfim, o professor que segue critérios sempre será sério, sempre sujeitará pontos de vista distintos à discussão, sempre mostrará os aspectos e conceitos utilizados, como se as aulas fossem painéis esclarecedores. 
Educar não é usar conceitos sem exame crítico e apoiados em ideologia doutrinadora cujo objetivo é (era) alcançar poder, nele permanecer e quem sabe um dia derrotar o lucro, a mais valia, o capitalismo.
Essa proposta é enganosa, falsa, perversa, tem uso político e não pedagógico.
Educar é capacitar à reflexão e à crítica, abrir cabeças, adotar critérios claros, confrontar, comparar, e como sempre ressalto, o bom uso da inteligência.
Alunos não são rebanhos a serem apascentados e sim cabeças pensantes a serem educadas.

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