Não importa quantos recursos para prover e prevenir perigo, de onde ele vier, um vírus ou um tsunami, um acidente de carro ou uma invasão de hackers, tais perigos permanecem e mesmo aumentam.
Em nenhuma época histórica houve tanta disponibilidade tecnológica para dominar o futuro e garantir segurança. Mas em nenhuma outra época os meios para destruir, matar, prejudicar estiveram ao alcance de tantas organizações e grupos. Uma criança é treinada para matar, um adolescente encontra armas em sua própria casa e mata crianças, um motorista desatento fere ou mata, o contrabando de drogas e armas é incontrolável e alimentado por consumidores que se safam e viciados cuja vida se animaliza.
Nunca o futuro foi objeto de tantos instrumentos e recursos para funcionar exatamente como previsto.
Mas, evidentemente o futuro nos escapa. O futuro será, ainda não é...
Por mais que satélites e projeções estatísticas prevejam que tal ou tal acontecimento se dará desse ou daquele modo, o imprevisível acontece, como é mais do que sabido. E justamente por isso, se reforçam todos os meios para evitar o imprevisível.
Esquecemos como é viver abandonando-se ao presente, ao correr e fluir das coisas. O futuro não é mais considerado o incerto, o futuro precisa ser dominado, a qualquer custo. O que leva à dependência da ação humana de confiar, de contar que tudo se dê como planejado. E o círculo se fecha.
Ousadia, coragem e fatalismo são atributos que ficaram no passado.
Profª. Inês,
ResponderExcluirpor um lado se percebe que há uma espécie de 'indústria do medo' que lucra com tudo isso. Talvez seja por isso que as políticas públicas de segurança e etc tardam ou são ineficientes.
Sempre visito este espaço, recomendo e partilho seus textos com os amigos.
Um fraterno abraço.
E já estava com saudade!
Olá Isaac, estou de volta. Interessante sua observação, sim, é preciso vender segurança, às vezes sob ameaça.
ResponderExcluirUm abraço!